A Alemanha está desenvolvendo um projeto inovador que permitirá a circulação de veículos autônomos pelo país a partir do próximo ano. Entretanto, surge a dúvida frequente: “Os veículos autônomos possuem a capacidade de trafegar sem a intervenção humana na direção?”
Para abordar essa questão, especialistas em segurança foram convidados a debater o tema, caracterizando essa discussão como um verdadeiro embate entre “humanos e máquinas”.
Os especialistas foram unânimes em afirmar que, atualmente, motoristas humanos superam os robôs em habilidades de direção. Contudo, projetam que, no futuro, as máquinas se destacarão no desempenho dessa função.
“Embora humanos sejam bons motoristas, as máquinas têm a vantagem de serem programadas para manter atenção constante e não se distraírem com coisas como um sorvete”, explicou Florian Petit, especialista em direção autônoma. “As máquinas dispõem de uma visão de 360 graus, essencial para uma condução segura em áreas urbanas”, complementou Ilja Radusch, analista em mobilidade, em entrevista à DW. Os especialistas acreditam que a condução autônoma proporcionará experiências mais agradáveis para todos no futuro.
No Brasil, essa tecnologia ainda é vista como uma inovação futurista. No entanto, já foram realizados testes que comprovam as vantagens de não ter uma pessoa no volante. Nos últimos anos, por exemplo, usinas de cana de açúcar no Paraná têm experimentado caminhões autônomos da Volvo, destacando a eficácia dessa tecnologia.
Com a ausência de motoristas humanos, há um aumento significativo na produtividade. Tradicionalmente, a cada cinco safras de cana de açúcar, uma é perdida devido ao pisoteamento das mudas pelos caminhões durante a colheita. Caminhões autônomos, por outro lado, seguem rigorosamente a rota estabelecida, evitando danos às mudas e minimizando perdas.
O uso de caminhões autônomos em trajetos fixos e repetitivos, como na coleta de lixo, está sendo testado em diversos países da Europa.
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