Se você já pesquisou ou contratou um seguro para seu veículo, provavelmente encontrou o termo sinistro em alguma apólice ou material relacionado. Mas, você realmente entende o que isso significa?
O sinistro é um termo relacionado ao valor de mercado do seu carro e suas possibilidades de compra e venda. Portanto, é essencial saber o que é e como funciona, para não ser prejudicado.
Neste post, explicaremos o conceito de um carro sinistrado, os tipos de sinistros e classificações e como proceder em caso de sinistro. Vamos lá?
O que é sinistro?
Sinistro é o termo utilizado para descrever ocorrências danosas ao veículo, podendo ser perda total ou não, que resultam no acionamento do seguro. Em essência, um sinistro é quando um carro passa por colisão, furto ou qualquer dano previsto na apólice do seguro.
Classificações de sinistro
Dada a variedade de possíveis incidentes e sua gravidade, existem três classificações para sinistros, baseadas na intensidade dos danos:
Pequena monta
Refere-se a reparos menores, como substituição de peças. Para acidentes, a pontuação varia de 0 a 20 pontos para carros e de 0 a 15 para motocicletas, calculada por uma autoridade de trânsito. Após o conserto, o veículo pode voltar a circular sem inspeções e sem registro de sinistro no documento.
Média monta
Envolve danos mais significativos exigindo vistoria e aprovação pós-reparo para que o veículo seja liberado. Nesse caso, um registro de sinistro é adicionado à documentação junto com o Certificado de Segurança Veicular (CSV). Pontuações: 21 a 30 para carros e motos.
Grande monta
Sinistros de grande monta acarretam danos irreparáveis que impedem a circulação do veículo. No caso de motos, isso se aplica quando dois ou mais componentes estruturais são afetados, independentemente da pontuação. Para carros, aplica-se a pontuação acima de 30.
Tipos de sinistro
Além das classificações, existem diferentes tipos de sinistros, que incluem: roubo, furto, acidentes de trânsito, danos a terceiros (materiais e corporais) e causas naturais (como tempestades e enchentes). O tipo de sinistro influencia a escolha do seguro, conforme o uso do veículo e outros fatores.
Classificações incluem sinistros parciais, menores que 75% do valor do carro, e integrais, acima dessa porcentagem – como em casos de perda total ou veículo não recuperável – por exemplo, após furto.
Como funciona e o que fazer nesses casos?
Um sinistro é acionado após um evento danoso. O proprietário contata a seguradora que avalia a situação do sinistro. O processo inclui:
- Apuração de danos: Através de vistorias e registros.
- Regularização: Verificação de cobertura e definição de benefício.
- Liquidação: Pagamento de indenização ou finalização do processo.
Para cobertura, coletar dados de terceiros e fotos do incidente, registrar boletim de ocorrência, e buscar testemunhas são passos essenciais.
Seguindo as recomendações da seguradora após o sinistro, o veículo pode ser reparado e recuperado.
Como remover o sinistro do documento do veículo
Um sinistro cria um registro na documentação, às vezes gerando bloqueio no DETRAN. Para que o veículo circule novamente, é preciso baixar ou remover o registro. No caso de montas pequenas ou médias (reclassificadas), passa a constar veículo sinistrado/recuperado no CRV e licenciamento.
Para roubo ou furto, a exclusão segue o mesmo processo: contatar o DETRAN ou despachantes, providenciar documentação e seguir o processo, que leva 30-40 dias.
Compra e venda de veículo sinistrado
Veículos sinistrados ou recuperados têm valor de mercado reduzido devido a danos significativos. Não há leis que impeçam sua venda, mas o preço é afetado. Muitos vendedores omitem infomações para inflacionar preços.
Sempre verifique o histórico detalhado do veículo, consulte a Tabela FIPE e baseie negociações nesses dados. Para garantir informações seguras sobre o veículo e evitar fraudes, utilize o Consulta Placa, que oferece um histórico completo do veículo e proprietário. Evite problemas e negociações desonestas!
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