Renault Clio G2 (2000 – 2016) – Análise Completa, Avaliação e Opinião

O Renault Clio G2 foi lançado no Brasil no final de 1999, como modelo do ano 2000, apenas três anos após a chegada da primeira geração ao país.

A segunda geração do compacto permaneceu no mercado brasileiro por 16 anos, sem grandes modificações, ignorando totalmente as gerações subsequentes que foram lançadas internacionalmente.

Durante esse período, o Renault Clio recebeu apenas pequenos ajustes visuais, alterações mecânicas e/ou tecnológicas, além de reposicionamentos de versões, até deixar definitivamente o mercado nacional em 2016, quando foi substituído pela segunda geração do Sandero.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o Clio G2, analisando seus principais pontos fortes e fracos, em parceria com o canal Volta Rápida!

Design

Assim como outros compactos da mesma época, o Renault Clio G2 substituiu o visual quadrado e simples do primeiro modelo por linhas mais arredondadas e modernas. O objetivo era alinhar o hatch com a concorrência e acompanhar as tendências de design da nova década.

Os faróis com extremidades circulares apresentavam refletor único bifocal ou foco dividido com projetor e refletor para luz baixa e alta, respectivamente, sempre com máscara cromada. O para-choque de linhas simples trazia discretas aberturas centrais e faróis de neblina redondos nas versões mais caras.

Lateralmente, o Clio recebeu janelas mais estreitas e longas, além de um redesenho nas portas e saias laterais, suavizando os vincos e integrando o conjunto aos para-lamas. Na parte traseira, as lanternas passaram a ser triangulares e o para-choque ganhou volume para melhorar a proteção em caso de colisões.

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Em 2003, o Clio brasileiro recebeu o mesmo facelift aplicado ao modelo europeu dois anos antes, trazendo:

  • Novos faróis triangulares de foco duplo e máscara negra;
  • Novos para-choques com detalhes em preto fosco;
  • Lanternas redesenhadas com lentes lisas;
  • Novas calotas/rodas.

No entanto, o interior não recebeu as mesmas atualizações do modelo estrangeiro. Em 2005, o Clio ganhou novos para-choques e, em 2012, outro facelift trouxe uma nova dianteira com faróis de refletor único e máscara negra, além de um para-choque proeminente e lanternas redesenhadas.

Mecânica

Construído sobre a plataforma A, o Clio de segunda geração foi inicialmente vendido com motores 1.0 e 1.6 movidos a gasolina, ambos com quatro cilindros em linha e aspiração natural. O motor 1.0 gerava até 70 cv e 9,5 kgfm, enquanto o 1.6 chegava a 110 cv e 15,2 kgfm. Com o tempo, foram introduzidos motores flex, aumentando a potência para 80 cv e 10,5 kgfm no 1.0 e 115 cv e 16 kgfm no 1.6.

Todos os Renault Clio vinham com transmissão manual de cinco marchas, freios a disco na dianteira e suspensão traseira por eixo de torção.

Interior

Embora tenha sido projetado para oferecer algo a mais em relação aos outros compactos do mercado, a cabine do Clio Mk II brasileiro se nivelava com os rivais. De maneira geral, o layout do interior evoluiu em relação à geração anterior, mantendo a maioria dos elementos na mesma disposição, apenas com novos comandos e botões/ícones redesenhados.

Nos anos 2000, o interior do Renault Clio G2, embora simples, agradava por trazer uma mescla de tons de cinza nos acabamentos plásticos e o painel de instrumentos com um pequeno marcador digital para os odômetros parcial e total.

O volante de três raios, em plástico e espuma injetada, não traz comandos. Já o console central, dependendo da versão, abriga um pequeno display para funções do rádio, com a interface abaixo das saídas de ar, comandos do ar-condicionado e tomada de 12v com acendedor de cigarro. Os bancos são sempre em tecido e as portas trazem mínimas porções na mesma forração para as partes de contato com o braço.

Veja também a avaliação dos principais concorrentes diretos do Renault Clio G2:

  • Fiat Palio G3 – Avaliação, review e opinião
  • Volkswagen Fox G1 – Avaliação, review e opinião
  • Citroën C3 G1 – Avaliação, review e opinião

Tecnologia

Projetado para competir com modelos de entrada, o Clio brasileiro não esbanjou tecnologia embarcada ou uma lista extensa de itens de série. Apesar disso, trouxe recursos surpreendentes na época, como airbags duplos frontais, inexistentes nos concorrentes.

Os Clio mais básicos vinham com direção hidráulica e ar condicionado, mas os vidros eram manuais e não havia rádio nem conta-giros. As versões mais equipadas adicionavam itens como faróis de neblina, rodas de liga leve, retrovisores elétricos e rádio AM/FM.

Quer saber mais sobre o Renault Clio G2? Assista a este vídeo:

RENAULT CLIO - PERFEITO pra PRIMEIRO CARRO! (Avaliação)

Principais pontos fortes

Custo/benefício

O Clio foi descontinuado no Brasil, o que significa que os preços dos usados são, em geral, bastante atraentes. É um bom carro com custo acessível.

Conforto

O Clio é um carro agradável de dirigir, sendo uma boa opção para quem aprecia a direção.

Segurança

Com uma arquitetura baseada em projeto europeu, o Clio oferecia airbags duplos em uma época em que nenhum outro compacto possuía esse item, sendo uma boa escolha para quem se preocupa com segurança e tem orçamento limitado.

Principais pontos fracos

Acabamento

O interior do Clio é conhecido por fazer muitos ruídos, e há relatos de entrada de água e vento em velocidades mais altas, exigindo atenção na hora da compra.

Fora de linha

Embora tenha vendido bem, o Clio foi substituído por modelos como o Sandero e o Kwid, que ainda estão em linha, tornando-o menos atraente para quem busca facilidade na comercialização e manutenção.

Tecnologia

As versões mais caras do Clio oferecem um nível razoável de equipamentos, mas são raras no mercado de usados. As versões de entrada e intermediárias, mais comuns, deixam a desejar em itens de comodidade.

Curiosidades

  1. O Clio G2 teve diversos derivados esportivos que nunca foram pensados para o Brasil, como o Clio V6, um ícone com motor de seis cilindros em V montado na traseira.
  2. O modelo europeu do Clio oferecia itens como faróis de xenon, teto solar elétrico e ar condicionado digital, que nem mesmo os sedans médios no Brasil tinham.
  3. Atualmente, o Clio está na quinta geração e é vendido em outros países, enquanto no Brasil, a segunda e última geração permaneceu por 16 anos.
  4. No Japão, o Clio é chamado de Lutecia.
  5. A segunda geração foi a única a oferecer carroceria sedan, também vendida no Brasil.

Outros concorrentes diretos

  • Peugeot 206
  • Ford Fiesta
  • Chevrolet Corsa
  • Volkswagen Gol
  • Fiat Uno

Histórico de versões

2000

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège

2001

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI

2002

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI
  • Tech Run

2003

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI
  • Tech Run

2004

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI
  • Tech Run
  • Dynamique

2005

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI
  • Tech Run
  • Dynamique

2006

  • RL
  • RN
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • RT
  • SI
  • Tech Run
  • Dynamique
  • GetUp

2007

  • RL
  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • Dynamique

2008

  • RL
  • Authentique
  • Expression

2009

  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • GetUp
  • Campus

2010

  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • Campus

2011

  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • Hi-Flex

2012

  • Authentique
  • Expression
  • Privilège
  • Hi-Flex

2013

  • RL
  • RN
  • Authentique

2014

  • RL
  • RN
  • Authentique

2015

  • RL
  • RN
  • Authentique

2016

  • RL
  • RN
  • Authentique

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