Quando se trata de sustentabilidade, todas as empresas estão em busca de soluções ecológicas para minimizar os impactos ambientais em seus processos de produção.
Com a crescente preocupação ambiental, impulsionada pela exploração intensa dos recursos naturais, diversos esforços têm sido realizados para preservar o meio ambiente e transformar essa cultura predatória.
No Brasil, as indústrias de pneus estão cada vez mais comprometidas com a sustentabilidade, mostrando preocupação constante com os impactos ambientais de seus produtos. Dessa forma, adotaram estratégias ESG (Ambiental, Social e Governança) que, além de garantir o descarte ambientalmente correto, incorporam a preservação ambiental em suas operações.
Esse movimento nas indústrias nacionais de pneus surgiu devido à responsabilidade ambiental estipulada pela legislação brasileira, afetando especificamente os fabricantes de pneus.
A Resolução nº 416 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), em vigor desde 2009, exige que todos os fabricantes e importadores de pneus novos com peso superior a 2kg coletem e destinem corretamente os pneus inservíveis.
As práticas e estratégias ESG estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas.
Certificações como ISO 50001 e 14001 são provas de que muitos fabricantes nacionais de pneus estão operando de forma sustentável.
Isso reflete que as fabricantes de pneus no Brasil têm apresentado soluções tecnológicas, buscando a sustentabilidade da borracha, a matéria-prima, além de focar no tratamento e reutilização completa dos efluentes no processo de produção e na implementação de medidas para filtrar poluentes e reduzir emissões de gases de efeito estufa.
O grande diferencial dessa indústria é a promoção da economia circular, garantindo a destinação pós-consumo dos resíduos.
O Ibama elabora um relatório anual sobre pneumáticos, baseado em informações de fabricantes e importadores de pneus novos. No relatório de 2021, a meta nacional de destinação para 2020 era 468.791,96 toneladas, com um saldo de 461.832,25 toneladas, representando um cumprimento de 98,52% da meta.
Outro fator legislativo em destaque é a destinação final ambientalmente adequada, dada a vida útil dos produtos. A importância do ciclo de vida para reduzir os resíduos sólidos rejeitados e minimizar seus impactos na saúde humana e no meio ambiente é cada vez mais reconhecida.
Importância da reciclagem de pneus para o mercado automotivo e sustentabilidade
A destinação correta dos pneus pós-consumo é crucial tanto para a sustentabilidade quanto para o mercado automotivo, pois remove significativos percentuais de resíduos do ambiente, gerando impacto positivo ambiental e social.
Descartados de forma inadequada, os pneus acabam em rios, córregos ou lixões, tornando-se criadouros de mosquitos transmissores de doenças e causando problemas em corpos d’água urbanos.
Entre as estratégias de reciclagem, destacam-se o coprocessamento, que substitui parcialmente os combustíveis, a laminação para fabricação de borracha e a granulação no processo industrial de borracha moída.
Estas práticas promovem benefícios à biodiversidade, reduzem a poluição e a emissão de gases, e eliminam a geração de resíduos não destinados.
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Inovações sustentáveis: pneu de arroz da Goodyear
A Goodyear apresentou um pneu inovador que utiliza óleo de girassol, casca de arroz e seiva de pinheiro como substitutos do petróleo, prometendo uma durabilidade de 500.000 km. Com 90% de materiais reciclados, o pneu integra tecnologia moderna como um sensor que monitora sua saúde.
A Goodyear visa eliminar o uso de petróleo em seus produtos até 2040, com essa durabilidade sendo garantida pela possibilidade de recauchutagem, onde a banda de rodagem dos pneus pode ser substituída duas vezes.
Conclusão
A responsabilidade ambiental gera inúmeros benefícios para a indústria. Com o avanço tecnológico e a redução de custos, novas alternativas estão emergindo no mercado automotivo, impulsionando práticas mais sustentáveis.