Nissan Tiida G1 (2008 – 2013) – Análise, resenha e opiniões

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O Nissan Tiida de primeira geração chegou ao mercado brasileiro no segundo semestre de 2007, três anos após seu lançamento no Japão. Classificado como modelo 2008, destacou-se como o único hatch médio japonês disponível no país naquela época.

Importado do México, o Nissan Tiida conquistou os consumidores brasileiros como a primeira incursão da marca nesse segmento, sendo oferecido em duas versões de acabamento, além do sedan, que era uma opção mais acessível ao Sentra.

A nossa avaliação detalhada deste veículo conta com a colaboração do canal Volta Rápida, onde você descobrirá mais detalhes, curiosidades, pontos positivos e negativos do modelo.

Design

O design distinto do Tiida G1 tem sua origem no conceito C-Note, apresentado em 2003. A temática triangular domina o visual do carro e se mistura a características de minivan, com destaque para o teto quase plano que garante mais espaço para a cabeça dos passageiros traseiros.

Na frente, os faróis com máscara cromada são unidos por uma grade que combina detalhes cromados e preto fosco. O conjunto está posicionado abaixo do capô, sugerindo que o Tiida é mais alto do que aparenta ser.

Nas laterais, as grandes janelas com contorno preto fosco são uma herança das minivans. A linha de cintura começa nos faróis e continua até o para-choque traseiro, delineando as lanternas triangulares e a tampa do porta-malas, que é protegida por um para-choque robusto.

Na versão sedan, o Tiida tinha um terceiro volume bem definido atrás da coluna C e lanternas de design semelhante, mas sem a mesma harmonia do hatch. O modelo sedan abrigava a placa de identificação na tampa do porta-malas, enquanto no hatch, a mesma ficava no para-choque.

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Mecânica

O Nissan Tiida compartilha a plataforma B com o hatch March e a minivan Livina, sendo oferecido com duas opções de motorização e duas de transmissão.

Originalmente, o modelo contava com um motor 1.8 aspirado movido a gasolina, capaz de entregar 124 cv de potência e 17,5 kgfm de torque. Posteriormente, o motor foi adaptado para tecnologia flex, capaz de rodar também com etanol, elevando a potência para 126 cv, mantendo o mesmo torque.

Para ambos os motores, havia a opção de transmissão manual de seis marchas ou automática de quatro marchas. Todas as versões do Tiida vinham com suspensão traseira por eixo de torção e freios a disco somente na dianteira.

Saiba mais sobre os modelos concorrentes do Nissan Tiida acessando as avaliações abaixo!

Hyundai i30 (2009 – 2012)
Citroën C4 (2007 – 2013)
Chevrolet Astra (1999 – 2011)

Interior

Internamente, o Nissan Tiida G1 apresenta a clássica construção japonesa, oferecendo acabamento simples e bem montado, com todos os encaixes corretos, mas sem grandes luxos ou materiais nobres.

A cabine é uma simplificação do interior do conceito C-Note, visando economia na produção. O painel de instrumentos possui três dispositivos analógicos e uma pequena tela digital. O volante de três raios reúne comandos do piloto automático e mescla couro com acabamento em plástico preto e prateado.

Os detalhes prateados são repetidos nas portas e outras partes do interior. O console central comporta saídas verticais de ar, rádio 2DIN e comandos do ar-condicionado, que pode ser analógico ou digital. Um destaque é a possibilidade de ajustar a segunda fila de bancos para aumentar o espaço do porta-malas.

Tecnologia

O Nissan Tiida G1, disponível em duas versões, oferecia uma lista de equipamentos de série moderada.

Na versão básica, os itens incluíam:

Ar-condicionado
Rodas de liga leve aro 15
Direção elétrica
Rádio com suporte para MP3
Computador de bordo
Trio elétrico (vidros, travas e retrovisores)
Volante e banco do motorista com ajuste de altura
Airbags frontais duplos

A versão de topo adicionava:

Teto solar elétrico
Faróis de neblina
Rodas de liga leve aro 16
Freios ABS com EBD
Ar-condicionado digital automático
Acabamento interno em couro
Apoios de braço nos bancos
Disqueteira para seis CDs
Piloto automático

Com o tempo, alguns recursos como chave presencial com partida por botão foram incorporados.

Assista à análise completa do Nissan Tiida no vídeo abaixo!

Principais pontos fortes

Espaço interno

O Tiida oferece generoso espaço interno, mesmo na versão hatch, sendo indicado para famílias ou quem deseja utilizá-lo para transporte particular.

Custo-benefício

Com o tempo, o interesse pelos hatches médios diminuiu, o que melhorou a relação custo-benefício dessas opções no mercado, incluindo o Tiida.

Equipamentos

Embora não traga grandes inovações tecnológicas, o Tiida se destaca pelos itens de série, principalmente quando comparado aos rivais de seu ano e faixa de preço.

Principais pontos fracos

Consumo

O Tiida tem um consumo elevado devido ao peso e ao motor 1.8 desatualizado. Muitos proprietários optaram pelo GNV para reduzir os custos de combustível. Nos modelos automáticos, a situação é pior devido à caixa de quatro marchas.

Problemas

O Tiida apresenta problemas em três áreas principais: caixa de direção, sistema de freios (devido ao uso apenas de discos dianteiros e o peso do carro) e ruídos internos no acabamento.

Fora de linha

Com quase uma década desde sua retirada do mercado brasileiro, revender um Tiida pode ser desafiador, especialmente devido à queda de interesse por hatches médios.

Curiosidades

Mesmo fora de linha no Brasil, o Tiida é vendido em outros países e está na terceira geração, mantendo um perfil de hatch com características de minivan.
Em alguns mercados, é conhecido como Versa ou Latio e teve uma versão chinesa, Venucia R50 (hatch) ou D50 (sedan), em parceria com a Dongfeng.
O Tiida quase se transformou no sedan médio Trazo C sob a marca Dodge, mas o projeto foi cancelado.
No Rio de Janeiro, o Tiida Sedan foi bastante utilizado pela polícia.