As elevadas taxas de acidentes no trânsito e os desafios de mobilidade nas grandes cidades têm atingido níveis críticos. Nesse contexto, montadoras e empresas de tecnologia apostam nos veículos autônomos como uma solução promissora, capaz de se tornar realidade em poucos anos. Portanto, é essencial que os mecânicos se familiarizem com suas particularidades.
Com a automação veicular avançando rapidamente nos testes, veículos autônomos já circulam em países desenvolvidos, como os Estados Unidos e diversas nações europeias, mostrando eficiência em sua engenharia. No Brasil, alguns modelos já oferecem certo nível de autonomia.
Para que você possa se preparar e acompanhar essa evolução, destacamos as informações mais relevantes sobre o tema. Continue lendo!
O que são carros autônomos?
Carros autônomos variam de veículos com maior assistência na condução até aqueles que operam sem interferência humana. As tecnologias utilizadas são semelhantes, com variações na forma como são integradas no computador de bordo.
Antes que os carros autônomos predominem nas ruas, as montadoras estão gradualmente incorporando tecnologias para auxiliar os motoristas tanto na condução quanto na manutenção dos veículos, como:
- Controle de velocidade de cruzeiro;
- Assistência na direção e estacionamento;
- Administração de frenagem;
- Sistemas de detecção de obstáculos;
- Alertas de proximidade e adaptação de condução;
- Monitoramento das condições de funcionamento;
- Ajuste de velocidade conforme o percurso.
Esses sistemas já fazem parte de alguns modelos. Vamos explorar a tecnologia por trás da automação veicular a seguir.
Qual é a tecnologia por trás dos carros autônomos?
O objetivo dos carros autônomos é viabilizar uma viagem na qual todos os ocupantes possam relaxar, dispensando o motorista. Para isso, a tecnologia precisa alcançar um nível confiável de segurança.
Diversas inovações estão sendo desenvolvidas e integradas nos veículos autônomos. A seguir, destacamos algumas das mais relevantes:
Sensores externos
Essenciais para detectar características ambientais e enviar dados ao computador de bordo. Os sensores mais comuns incluem câmeras, radares, sonares e lidars.
Câmera estereoscópica
Dispositivo que utiliza múltiplas lentes para criar imagens tridimensionais, simulando a visão humana.
Câmera infravermelha
Permite visão precisa em ambientes com pouca luz, detectando objetos por variações de temperatura.
Radar
Emite ondas de rádio que refletem em obstáculos, medindo tamanho e distância.
Sonar
Utiliza ondas sonoras para detectar objetos, semelhante ao radar.
LIDAR
Utiliza pulsos de laser para mapear o ambiente em 360 graus com alta precisão.
Outros componentes
Outros sistemas são essenciais para permitir autonomia:
ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade)
Calcula e corrige a condução com base na velocidade de cada roda e inclinação do veículo.
iBooster
Servo-freio que gera pressão nos freios rapidamente, revolucionando o tempo de resposta.
GPS, velocímetro e hodômetro
Garantem que o veículo siga mapas atualizados e calcule sua posição mesmo sem sinal de satélite.
Inteligência Artificial e conectividade
Captura sinais dos sensores, monitora a condução, realiza ajustes no sistema, e melhora constantemente.
Essas tecnologias são fundamentais para a automação veicular. Como funcionam na prática? Vamos explorar!
Como funcionam os carros autônomos na prática?
Os veículos autônomos estão em fase avançada de desenvolvimento, capazes de identificar obstáculos e aprender em tempo real. Com conectividade, os veículos trocam informações, aprimorando-se mutuamente.
Níveis de automação e exemplos de carros autônomos
A automação varia em níveis, de acordo com a incorporação de soluções tecnológicas em atuadores e sensores. A Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos (SAE) classifica os veículos em cinco níveis de automação:
- Nível 0: Controle total do motorista, podendo incluir alertas e assistência básica.
- Nível 1: Capaz de manter-se na faixa e ajudar a evitar colisões. Exemplos: Jeep Renegade, Chevrolet Onix Activ.
- Nível 2: Realiza frenagens de emergência em certas situações. Exemplos: Tesla Autopilot, Volvo XC90.
- Nível 3: Controla completamente o veículo, dependendo do condutor em certas condições. Exemplos: Audi A8, Tesla Model S.
- Nível 4: Controle total, limitado em situações específicas. Protótipos incluem Volkswagen I.D., Waymo.
- Nível 5: Totalmente autônomo, sem volante e pedais. Exemplos de conceitos: Mercedes-Benz Vision Urbanetic.
Esses níveis destacam a crescente autonomia dos veículos e sua evolução tecnológica. Enquanto alguns modelos são produzidos em série, outros ainda estão em fase prototípica.
Como se preparar para prestar serviços para carros autônomos?
Embora pareça que os carros autônomos estão distantes do mercado brasileiro, a rapidez do desenvolvimento tecnológico é inegável. Mecânicos interessados em permanecer relevantes precisam entender as inovações da automação veicular. Veja algumas dicas:
Familiarize-se com os sistemas OBD
Essenciais para diagnósticos, os sistemas OBD oferecem controle e monitoramento dos veículos.
Especialize-se em módulos eletrônicos
Compreender a eletrônica veicular, que evolui constantemente, será crucial.
Aprenda sobre computação
A lógica computacional influencia muitos componentes automotivos. Entender conceitos de IA pode ser um diferencial.
Conheça novas ferramentas de diagnóstico
Ferramentas modernas facilitam diagnósticos rápidos e precisos dos componentes automotivos.
Acompanhe as mudanças trazidas pelos carros autônomos
A automação transformará todo o setor, desde a engenharia até a manutenção. As oficinas precisam se adaptar para realizar manutenções exigidas por novas tecnologias, investindo em ferramentas e capacitação de profissionais.
Melhore o atendimento e a qualidade
Para se destacar, oficinas devem investir em qualidade de atendimento e aperfeiçoamento técnico dos seus profissionais.
Carros autônomos já são uma realidade em desenvolvimento. Acompanhar essas inovações e estar preparado para o futuro será essencial para os profissionais do setor automotivo, impactando indústria, comércio e serviços de forma significativa.
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