Você está ciente de que, a partir de agosto de 2020, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) revisou as especificações dos combustíveis vendidos no Brasil por meio da Resolução nº 807/2020? Dessa forma, surgiu a nova definição para a gasolina.
Independente se for importada ou produzida domesticamente, a gasolina agora deve atender a um novo padrão de qualidade em todo o Brasil, alinhando-se aos padrões internacionais e reduzindo o consumo.
Se você quer se aprofundar no assunto e entender mais sobre essa nova gasolina, acompanhe a leitura deste artigo, onde exploraremos suas principais mudanças. Vamos lá!
O que é a nova gasolina brasileira?
Três principais mudanças foram feitas na formulação da gasolina. A primeira diz respeito ao índice de octanagem, que mede o quanto a gasolina suporta a pressão no motor do veículo.
Existem duas medições: MON (Motor Octane Number), que verifica a resistência em altas rotações, e RON (Research Octane Number), que avalia em rotações mais baixas. Com a Resolução ANP nº 807/2020, o RON mínimo passou a ser 92, aumentando para 93 em janeiro de 2022.
Antes, usava-se o IAD (Índice Antidetonante) como referência, que era uma média entre MON e RON. A gasolina brasileira tinha um IAD de 87 e um RON de 91, em comparação com os 95 a 98 de RON na Europa.
A segunda mudança foi no parâmetro de densidade energética ou massa específica, ligado à performance da gasolina. Agora, deve ter no mínimo 715 kg/mg.
A terceira alteração envolve o parâmetro de temperatura de destilação a 50%, também conhecido como “T50”, que passou a ter um mínimo de 77º para gasolina comum.
Qual é o valor da nova gasolina?
A Petrobras informa que o custo de refino da nova gasolina é mais elevado, o que naturalmente pode aumentar o preço final para o consumidor.
Porém, o aumento de rendimento que essa gasolina proporciona é, em média, de 5%, permitindo maior autonomia em litros por quilômetro, o que pode equilibrar a diferença de preço.
O que esperar da nova gasolina em seu veículo?
Para seu veículo, usar uma gasolina de maior densidade energética aumenta a potência do motor e otimiza o consumo. Isso possibilita ao condutor economizar combustível, aumentando a eficiência em 4 a 6% por litro.
Além disso, parâmetros de destilação otimizam a performance, evitando frações mais leves do combustível, o que melhora as mudanças de marcha e acelerações.
Veículos de última geração, que são mais potentes e sofisticados, também se beneficiam da alta octanagem da nova gasolina. Uma gasolina com RON baixo pode reduzir a eficiência de consumo e manutenção em carros modernos.
Mesmo que seu carro utilize álcool, é essencial estar informado sobre questões como essa, pois afetam seu cotidiano. Lembre-se de optar por combustíveis de qualidade, como a nova gasolina, para assegurar eficiência energética e proteger os componentes de seu veículo.
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