A clonagem de veículos é uma fraude mais comum do que muitos imaginam, podendo ocorrer após roubo ou furto, ou mesmo por quadrilhas especializadas que transferem dados do veículo de forma ilegal para criar um “dublê” de mesmo modelo e cor. Quer saber mais sobre esse tema? Continue lendo!
O que é a clonagem de veículos?
Clonagem de veículos é uma fraude perpetrada por criminosos que transferem ilegalmente dados de um automóvel para outro, rigorosamente igual, seja no modelo ou na cor. Esses veículos clonados são frequentemente utilizados em atividades ilícitas, já que tal prática dificulta fiscalizações. Portanto, reconhecer e resolver essa questão é crucial.
Este tipo de crime é caracterizado pelo artigo 311 do Código Penal Brasileiro, gerando uma pena que varia de três a seis anos de prisão, além de multa.
Como realizar a consulta completa de um veículo pela placa?
Com a Consulta Placa, você pode acessar informações fundamentais do veículo, como:
- Dados cadastrais nacionais e estaduais;
- Ocorrências de sinistro;
- Histórico de roubos e furtos;
- Restrições e impedimentos legais;
- Débitos e infrações de trânsito.
E muito mais!
Como ocorre a clonagem?
Frequentemente, após o roubo ou furto do carro, o chassi é adulterado e as placas são trocadas. Os vidros também podem ser substituídos, já que possuem marcações do chassi.
Infelizmente, em alguns casos, funcionários do Detran podem facilitar a clonagem ao fornecer informações e permitir a emissão ilegal de documentos em nome dos criminosos, tornando a resolução mais complexa.
Como identificar um veículo clonado?
Detectar um veículo clonado pode ser difícil, mas existem sinais que podem despertar suspeitas:
1 – Multas indevidas
Receber multas por infrações em locais onde você não esteve pode indicar clonagem de placa.
2 – Dados cadastrais inconsistentes
Ao consultar o Detran ou um site de consultas veiculares, se constatar discrepâncias no registro, como diferenças no Renavam e no chassi, pode significar adulteração.
3 – Troca de vidros
Todos os vidros do veículo devem ter gravações da montadora e parte do chassi. Na clonagem, vidros são alterados por outros sem marcações genuínas. Por isso, ao adquirir um veículo usado, inspecione vidros e outros locais onde o chassi possa estar marcado, como o assoalho e a lateral da porta do motorista.
As placas Mercosul podem ser clonadas?
Sim! Embora possuam elementos de segurança, como QR Codes, as placas Mercosul também estão suscetíveis à clonagem, e alguns estudos sugerem que podem ser ainda mais vulneráveis do que as placas convencionais.
Suspeita que seu carro foi clonado? O que fazer?
Ao suspeitar de clonagem, registre um Boletim de Ocorrência imediatamente, alertando as autoridades para evitar que as consequências do crime recaiam sobre você. Após isso, dirija-se ao Detran para regularizar sua situação e solicitar a troca da placa.
Documentos necessários para o processo:
- Requerimento específico em caso de duplicata veicular (com procuração, se representado por terceiros);
- Termo de responsabilidade autenticado.
Documentos adicionais:
- Identidade e CPF atualizados;
- Contrato social (para pessoa jurídica);
- Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
- Certificado de Registro de Veículo (CRV);
- Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV);
- Notificações de multas injustificadas;
- Imagens do veículo, caso multas sejam automáticas.
- Autuações de trânsito e recursos protocolados (se aplicável);
- Documentação de remarcação do chassi, se houver irregularidades.
- Boletim de Ocorrência notificando clonagem.
Verificação do CRV (DUT) falso
Documentos digitais reduziram fraudes, mas caso tenha um CRV em papel (famoso “verdinho”), verifique:
- Traços coloridos (filigranas) no papel;
- Desgaste de marca verde ao esfregar o documento numa folha em branco. Se sim, é original.
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