Entenda o Funcionamento do Seguro de Automóveis

Carros

6 Min. de Leitura

Você sabe como funciona o seguro de carros?

Atualmente, é essencial contar com um seguro para veículos por duas razões principais:

A primeira é a violência a que estamos expostos, que nos torna vulneráveis a crimes como roubo e furto.
A segunda, que é a mais comum para a utilização de seguros, refere-se aos acidentes de trânsito que podem danificar o veículo.

Se você já utiliza esse serviço, já deve estar ciente dos seus direitos e responsabilidades como proprietário de um veículo segurado.

Para esclarecer qualquer dúvida sobre o funcionamento do seguro para veículos, preparei este artigo com o objetivo de abordar as principais questões sobre o tema.

Aqui, você entenderá para que serve e como funciona o seguro de carros, além de conhecer os tipos de seguro disponíveis.

Além disso, na seção de dúvidas comuns, tentarei responder às principais perguntas sobre seguros.

Ficou interessado? Então, leia este artigo até o fim.

Tenha uma boa leitura!

Seguro de Carros: Para Que Serve?

A função principal do seguro é proporcionar respaldo ao proprietário do veículo.

Isso porque há diversos riscos enfrentados pelos motoristas diariamente, desde danos físicos no carro, causados por acidentes, até casos de roubo e furto.

Esse respaldo é a garantia de que, caso seja necessário acionar a seguradora, o cliente terá os danos sofridos ressarcidos.

Você sabe como isso funciona?

Primeiramente, será necessário contratar um corretor de seguros. Através desse profissional, você contratará uma seguradora e pagará o prêmio do seguro (ou seja, o custo).

A seguradora oferece quatro tipos diferentes de seguro para automóveis:

Seguro compreensivo;
Seguro contra roubo e furto;
Seguro de terceiros; e
Seguro de acidentes de passageiros.

Agora, explicarei um pouco sobre o funcionamento de cada um desses seguros.

Continue a leitura.

Como Funciona Cada Tipo de Seguro de Carros

Explicarei agora, de forma detalhada, como funciona cada um dos quatro tipos de seguro mencionados.

Preste bastante atenção, para que você possa entender cada um deles.

Seguro Compreensivo

O seguro compreensivo é o mais completo oferecido aos clientes, abrangendo todas as outras divisões de seguro e oferecendo uma ampla gama de proteção. Conforme informações do site IQ Seguros, o seguro compreensivo protege seu veículo contra:

Colisão, capotagem ou derrapagem;
Queda de objetos sobre o veículo;
Dano ocasionado pela carga transportada;
Falha ao transportar o veículo;
Danos causados por terceiros;
Alagamento, enchente e inundação;
Ressaca, vendaval, granizo, furacão e terremoto;
Raios;
Explosão ou incêndio; e
Roubo ou furto, total ou parcial (incluindo casos em que apenas partes do veículo são furtadas, como o aparelho de som).

Esse seguro é bem completo e, por isso, também pode ser o mais caro. Antes de decidir por ele, é importante avaliar se realmente é necessário, considerando que nem todos os motoristas estão sujeitos a todos esses riscos. O seguro compreensivo é mais indicado para aqueles que utilizam o carro frequentemente, como em viagens ou a trabalho.

Se esse não for o seu caso, os outros tipos de cobertura de seguro podem atender melhor às suas necessidades.

É importante destacar que não há uma modalidade de seguro melhor do que a outra. São opções diferentes para públicos distintos, cabendo ao cliente decidir qual tipo de proteção é mais adequado ao seu perfil e uso do carro.

No próximo tópico, você entenderá como funciona o seguro contra roubo e furto.

Seguro Contra Roubo e Furto

Antes de discutir esse tipo de seguro, é fundamental entender a diferença entre roubo e furto. Muitas pessoas confundem essas ações como sinônimas, mas há distinções previstas no Código Penal, nos artigos 155 e 157.

A principal diferença entre roubo e furto está relacionada à ameaça praticada. O roubo envolve apropriação de algo mediante ameaça ou violência, enquanto o furto é a apropriação sem violência ou que a pessoa note no momento do ato.

O seguro contra roubo e furto é bastante solicitado por condutores. Embora seja menos abrangente que o seguro compreensivo, pode incluir outras coberturas, dependendo da seguradora:

Raios;
Incêndio;
Explosão;
Roubo ou furto total do veículo;
Colisão, capotagem e/ou derrapagem (em situações de veículo roubado ou furtado);
Roubo ou furto do equipamento de som (se for original do carro); e
Perda total por colisão.

Este é um seguro básico que deve oferecer cobertura obrigatória por furto e roubo. Em caso de roubo ou furto, ele oferece indenização quando o veículo não é recuperado. Sem coberturas adicionais, danos que não atinjam 75% do valor do automóvel ficam a cargo do contratante. É uma opção mais barata, comparada ao seguro compreensivo.

No próximo tópico, veja como funciona o seguro de terceiros.

Seguro de Terceiros

Também conhecido como RCF-V (Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos), oferece indenização contra prejuízos causados a outros motoristas, pedestres e ciclistas, sejam danos físicos, materiais, morais ou pessoais.

Por exemplo, se você bater no carro de alguém no trânsito, com a cobertura para terceiros, poderá acionar o seguro para cobrir o conserto do veículo danificado. Cuidados médicos, em caso de feridos, e danos a propriedades particulares também estão cobertos.

O seguro de terceiros é personalizado, permitindo escolher o valor que será coberto. A cobertura é facultativa e você decide se deseja contratá-la. Cada acionamento é cumulativo e afeta a classe de bônus, então deve ser usada em casos de real necessidade.

A seguir, vou explicar como funciona o seguro de acidentes de passageiros.

Seguro de Acidentes Com Passageiros

O APP – Acidentes Pessoais de Passageiros, ou APO (Acidentes Pessoais a Ocupantes), foca na proteção do motorista e passageiros, com coberturas como APP-morte e APP-invalidez. Existe também o APP-DMHO, para despesas médicas e odontológicas.

É indicado para qualquer condutor, especialmente para aqueles que utilizam o carro para transportar pessoas, como taxistas ou motoristas de aplicativos.

Para contratar, há duas opções: adicionar o APP ao seguro total (ou compreensivo) ou contratar o AP-Passageiro, uma modalidade de seguro de vida simplificada.

As coberturas incluem:

APP-Morte: cobre casos de morte do motorista ou passageiros, pagando indenização aos herdeiros legais.
APP-Invalidez: cobre invalidez parcial ou total decorrente de acidentes.
APP-DMHO: cobre despesas médicas e odontológicas de acidentes.

Antes de acionar o APP, é necessário acionar o DPVAT, um seguro obrigatório que cobre despesas médicas, invalidez permanente e morte de até R$ 13.500,00.

Agora que você conhece os tipos de seguro, pode se perguntar: qual a diferença entre seguro APP e de terceiros?

Embora ambos sejam relacionados à proteção de pessoas, têm enfoques distintos. O seguro APP cobre morte, invalidez e despesas médico-hospitalares de quem está dentro do veículo. O seguro de terceiros cobre despesas materiais ou corporais de quem está fora do veículo.

Compreendeu as diferenças entre os tipos de seguro para carros?

Caso tenha dúvidas, deixe um comentário e ficarei feliz em responder.

Agora, abordaremos dúvidas comuns sobre a contratação de seguros.

Dúvidas Comuns Sobre Seguro de Carros

É hora de tirar dúvidas sobre seguro de carros.

Ao vender o veículo, o que acontece com o seguro?

Muitos se perguntam o que acontece com o seguro ao vender ou repassar um veículo.

Alguns acreditam que podem manter o mesmo seguro com a apólice no nome de outra pessoa. A apólice é o contrato do seu seguro, contendo as condições, coberturas e valor do prêmio.

A apólice pertence ao proprietário do veículo, não ao veículo. Ao vender um carro segurado, o novo proprietário não pode continuar com o seguro, a menos que a seguradora permita a transferência da apólice.

Caso contrário, é possível realizar a Transferência de Direitos e Obrigações (TDO), mantendo o bônus se a transferência for para o condutor da apólice anterior ou em caso de falecimento do segurado.

Seguro de carros mais antigos são mais caros?

Sim, o seguro para veículos antigos tende a ser mais caro. Isso se deve à dificuldade de encontrar peças, tornando-as mais caras, e ao aumento de roubo e furto devido à raridade ou valor das peças.

Carros antigos são aqueles que já saíram de linha. Em alguns estados, veículos com mais de 20 anos ficam isentos do IPVA, com variações de idade para isenção em outros estados.

Alterar as características do veículo gera o risco de perder o seguro?

O CTB proíbe alterar características originais de veículos sem autorização. Alterações precisam ser comunicadas ao corretor, pois podem gerar rescisão de contrato.

Isso vale para qualquer alteração, inclusive trocar pneus e rodas, mudando a altura do veículo.

Conclusão

Este artigo foi elaborado para sanar dúvidas sobre seguro de carro, abordando tipos de seguro e procedimentos comuns para quem deseja contratar uma seguradora.

Espero ter ajudado a esclarecer suas questões e auxiliado na escolha do seguro que atenda suas necessidades.

Caso tenha dúvidas ou algo a acrescentar, deixe um comentário! Será um prazer respondê-lo!

Se você gostou deste artigo, compartilhe-o para que mais pessoas possam entender sobre seguro de carros.

Referências: