O carro movido a hidrogênio é, essencialmente, um veículo elétrico equipado com um cilindro para armazenamento de hidrogênio Embora a ideia pareça simples, existem várias inovações tecnológicas envolvidas, especialmente na célula de combustível, que converte hidrogênio em eletricidade, e no cilindro que armazena o hidrogênio
O hidrogênio, um gás que se transforma em líquido sob alta pressão e baixas temperaturas, pode ser armazenado em cilindros especiais A vantagem do hidrogênio como combustível está na rapidez do reabastecimento e na potencial redução do uso de baterias
Entretanto, há sérios desafios a serem superados O armazenamento seguro de hidrogênio é um deles, já que ele é altamente explosivo — tanto que é utilizado como combustível para foguetes Além disso, o hidrogênio se torna líquido a -240°C, uma temperatura extremamente baixa e pouco prática para veículos
A pesquisa atual busca adicionar compostos químicos que possibilitem o armazenamento seguro do hidrogênio Por outro lado, as células de combustível, essenciais para converter hidrogênio em eletricidade, utilizam platina, um material raro e caro, como catalisador para separar os prótons e elétrons Isso torna as células de combustível dispendiosas
A ciência está, portanto, em busca de catalisadores mais acessíveis, talvez à base de ferro-nitrogênio-carbono, para substituir a platina Um obstáculo adicional é a rápida degradação das células de combustível
Uma inovação promissora é o emprego de nanopartículas de óxido de tântalo-titânio para melhorar a durabilidade das células de combustível, reduzindo a corrosão e aumentando a longevidade e autonomia dos veículos
Outro grande desafio está na obtenção do hidrogênio, um elemento leve que facilmente se dispersa Antigamente utilizado em dirigíveis, o hidrogênio foi deixado de lado após o desastre do Hindenburg Contudo, ele é abundante na água (H2O), no gás natural e em outras fontes, mas a extração de hidrogênio demanda energia considerável, como no processo de eletrólise
Existem métodos alternativos, como a pirólise ou usinas termoquímicas, embora ainda sejam caros Atualmente, a reforma do metanol, usando gás natural, representa a maneira mais econômica de produzir hidrogênio — sendo responsável por cerca de metade da produção mundial Este processo envolve aquecer o gás entre 700–1100°C na presença de vapor e um catalisador de níquel
Com o custo atual de produção, transporte e armazenamento do hidrogênio, a questão é se realmente vale a pena investir nele Muitos cientistas são otimistas, acreditando que, uma vez que se dominem as técnicas, o hidrogênio se tornará uma fonte de energia extremamente viável para uma ampla gama de setores
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