Aqui no Brasil, os carros têm uma importância que vai além do simples papel de meio de transporte. Assim como o futebol, eles são uma verdadeira paixão nacional. Essa devoção se traduz até em “torcidas organizadas” que defendem suas marcas e modelos preferidos. No entanto, junto dessa paixão, também surgem certos preconceitos e manias. Por exemplo, por muito tempo, os câmbios automáticos foram vistos com desconfiança pelos brasileiros, considerados como um item para pessoas mais velhas ou com deficiência.
Essa percepção mudou bastante nos últimos anos. Atualmente, o mercado oferece mais de 400 modelos de veículos automáticos ou automatizados, que vão desde compactos a superesportivos.
Se você está considerando adotar essa tecnologia ou já o fez recentemente, acompanha conosco algumas dicas valiosas para uso antes, durante e após a compra.
Diferenças entre os tipos de câmbio
Para escolher o câmbio automático ideal, é fundamental conhecer como cada tipo de transmissão funciona. Você encontrará opções dos mais tradicionais aos extremamente sofisticados.
Automático convencional: Estes câmbios são evoluções da famosa Hydra-Matic, introduzida pela General Motors em 1939. Funcionam com fluído hidráulico, válvulas e engrenagens, e passaram a ser eletronicamente controlados desde o modelo Ford Del Rey de 1982. Apesar das melhorias, a eletrônica pode ser fonte de defeitos complexos.
Variável continuamente (CVT): O primeiro modelo nacional a adotar o câmbio CVT foi o Honda Fit, em 2003. Com polias variáveis e uma correia, o CVT é compacto e durável, mas oferece uma resposta mais lenta e requer manutenção especializada.
Automatizada monodisco: Este tipo chegou ao Brasil em 2007 com a Chevrolet Meriva, mas saiu de linha em 2020 após enfrentar problemas. Esse sistema usa o acionamento robotizado para as trocas de marcha, não oferecendo trocas perfeitas e podendo ter consertos caros.
Automatizada de dupla embreagem: Utiliza discos de embreagem, que podem ser a seco ou em banho de óleo. A tecnologia “a óleo” é considerada superior e oferece uma experiência de dirigibilidade mais refinada.
Dicas para a compra
Adotar um câmbio automático requer algumas adaptações. É importante não dirigir de forma agressiva, manter a manutenção em dia e ficar atento aos custos de manutenção.
Se optar por um veículo novo, faça um test drive cuidadoso e, se possível, alugue um modelo semelhante por alguns dias. Pesquise o custo das peças e serviço nas concessionárias e oficinas.
Nos seminovos, preste atenção aos recalls. Verifique no site do fabricante utilizando o número do chassi quais problemas foram reportados.
Para veículos usados, é essencial consultar um mecânico experiente. Evite modelos de marcas já ausentes do mercado nacional. Mesmo uma oferta tentadora deve ser recusada se houver problemas no câmbio.
Esse tipo de revisão também deve investigar se há “gambiarras” que podem ter sido feitas.
Dicas para os proprietários
Após adquirir seu veículo com câmbio automático ou automatizado, dedique tempo para revisar o manual. Conheça todas as funções do câmbio e as manutenções recomendadas.
Se o veículo for usado, escolha uma oficina especializada de confiança. Inspecione seu sistema hidráulico regularmente. Em automatizados, é importante preservar a embreagem.
Evite soluções improvisadas nos reparos. Priorize peças originais e um trabalho bem-feito, mesmo que custe mais.
Cuidados com o calor
Os donos de carros automáticos devem se proteger dos danos causados pelo calor. O fluido hidráulico pode degradar-se sob temperaturas elevadas, prejudicando os componentes internos.
Mantenha o sistema de arrefecimento em boas condições. Viagens com carga extra exigem atenção redobrada para evitar danos à transmissão.
Antes de grandes viagens, uma revisão completa é essencial para assegurar uma experiência tranquila.
Conclusão
Esperamos que essas dicas sejam úteis para você. Para aprender mais sobre o universo automotivo, siga nossas redes sociais:
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