Ford Ranger G4: Avaliação Completa da Picape Média
A Ford Ranger G4 foi apresentada ao mercado brasileiro no início de 2012 como ano/modelo 2013, representando a primeira renovação total da picape média após anos de reestilizações menores baseadas na terceira geração.
Desenvolvida pela divisão australiana da Ford, a quarta geração globalizou a Ranger, eliminando variações específicas para alguns mercados e tornando-se a versão mais bem-sucedida do modelo até hoje.
Nesta análise em parceria com o canal Volta Rápida, exploraremos a Ford Ranger G4 em detalhes, destacando seus principais pontos fortes e fracos.
Design
O desenvolvimento da Ranger G4, incluindo seu design, ficou a cargo da Ford Australia. As linhas da quarta geração romperam totalmente com os modelos anteriores, conferindo à picape um status elevado devido ao seu porte maior e linhas elegantes.
Hoje, além de serem veículos de trabalho, as picapes médias são vistas como carros para a família e uso diário, um ponto chave para toda essa transformação.
Na dianteira, grandes faróis trapezoidais com refletor bifocal estão conectados pela grade central, que pode ter acabamento em preto fosco ou cromado, assim como os faróis. O para-choque frontal destaca a seção dianteira, abrigando faróis de neblina nas extremidades e uma imitação de skid plate na porção inferior central.
Nas laterais, a picape exibe linhas discretas com para-lamas bem definidos. A traseira possui lanternas verticais que avançam pelas laterais, um para-choque destacado da caçamba e o nome RANGER em toda a extensão horizontal da tampa traseira.
Em 2016, a Ford realizou um facelift discreto para a linha 2017 da picape, com mudanças visuais apenas na dianteira
Os faróis ficaram mais estreitos, adotando refletor duplo ou projetor de dupla ação, juntamente com uma grade redesenhada e um para-choque mais elegante. As laterais e traseira não sofreram alterações.
Mecânica
A Ford Ranger G4 estreou a plataforma T6, compartilhada com modelos como a picape Mazda BT-50, o fora-de-estrada Troller T4 e o SUV Everest, derivado da própria Ranger.
No Brasil, a picape está disponível com três opções de motor: o 2.5 aspirado flex da família Duratec, também presente no Fusion, e os motores turbodiesel 2.2 e 3.2 da família Duratorq.
O motor 2.5 gera até 175 cv de potência e 25 kgfm de torque, associado exclusivamente a uma transmissão manual de cinco marchas com tração traseira.
Os motores 2.2 e 3.2 podem vir com câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas, e tração integral seletiva, sendo que o 2.2 também conta com opção de tração traseira.
O motor 3.2 de cinco cilindros é o mais potente, com até 200 cv e 47,9 kgfm, enquanto o 2.2 de quatro cilindros oferece 160 cv e 39,3 kgfm de potência e torque máximos.
Interior
O interior da Ranger de quarta geração passou por uma transformação completa, combinando características de um carro de trabalho com um modelo familiar.
Embora o acabamento geral não tenha mudado significativamente, a Ford otimizou o espaço e conforto, melhorando a experiência diária com a picape.
O painel de instrumentos pode ser tradicional, com quatro mostradores analógicos e uma tela de computador de bordo ao centro, ou mais moderno, com um mostrador analógico central e duas telas multifuncionais, permitindo ao motorista configurar diversos parâmetros do veículo.
A cabine integra características de um sedan sem perder a essência de picape, com um console central largo, volante robusto e grande moldura central abrigando controles de ar-condicionado e central multimídia.
Tecnologia
A Ford Ranger G4 destacou-se pela tecnologia embarcada. Em seu lançamento, a versão mais acessível incluía:
- Rádio com Bluetooth
- Rodas de liga leve aro 17
- Piloto automático
- Faróis de neblina
- Ar-condicionado
- Computador de bordo
- Direção hidráulica
- Trio elétrico
Com o tempo, a picape evoluiu, incorporando recursos raros ou inexistentes nos concorrentes, como:
- Faróis Full LED
- Piloto automático adaptativo
- Assistente de permanência em faixa
- Ar-condicionado dual zone
- Chave presencial com partida por botão
- Sistema FordPass de comandos remotos e serviços conectados
Conclusão
Pontos Fortes
- Mecânica Diesel: Os motores 2.2 e 3.2 são bem avaliados, oferecendo bom desempenho, eficiência de combustível e confiabilidade.
- Equipamentos: A Ranger G4 elevou o nível tecnológico das picapes médias no Brasil, sendo ideal para quem busca um utilitário completo e confortável.
- Mercado: Com uma década de presença no Brasil, a Ranger G4 continua atualizada e é uma boa opção de compra e venda.
Pontos Fracos
- Mecânica Flex: Picapes médias com motores flex não tiveram sucesso no Brasil. O motor 2.5 não entrega o mesmo desempenho e eficiência dos motores a diesel.
- Economias: Embora bem equipada, a Ford fez alguns cortes de custo. Poucas versões possuem itens básicos como protetor de caçamba ou capota marítima.
- Uso Urbano: As picapes médias são grandes para o padrão brasileiro, tornando-se inconvenientes em ambientes urbanos.
Concorrentes Diretos
- Nissan Frontier
- Mitsubishi L200 Triton
- Toyota Hilux
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