Confira nossa análise sobre o Volkswagen Parati G2 e descubra os principais aspectos positivos e negativos deste modelo.
A segunda geração do Volkswagen Parati foi lançada no segundo semestre de 1995, representando uma grande revolução na história do modelo. Ironicamente, foi a geração que permaneceu menos tempo no mercado.
Isso se deve principalmente ao atraso em relação ao lançamento do Gol de segunda geração e à renovação da concorrência, que forçou a montadora alemã a desenvolver um veículo mais moderno e sofisticado, alinhado com as tendências dos anos 2000, que prometiam uma transformação global no mercado automotivo.
Design
Assim como ocorreu com sua antecessora, a segunda geração do Parati adotou o design renovado do Gol, substituindo as linhas quadradas por contornos suaves em todos os lados – razão pela qual a perua é carinhosamente chamada de “Parati bolinha”, assim como o irmão hatchback.
Essa mudança trouxe um sopro de modernidade, acompanhado de detalhes que conferiram uma sensação de sofisticação em relação ao Gol, como para-choques na mesma cor da carroceria em todas as versões e setas dianteiras em plástico incolor. No Gol, as versões mais básicas possuíam para-choques em preto fosco e setas em âmbar.
Na parte frontal, os novos faróis arredondados se conectam por uma grade estreita de filetes horizontais e incorporam as setas indicadoras de direção ao lado, mas em peças separadas dos faróis principais – que mantiveram as lentes complexas em vidro e, dependendo da versão, podem ter foco único ou duplo.
O para-choque manteve o design da última reestilização da primeira geração, mas com um formato mais arredondado para harmonizar com a nova linguagem visual.
Na lateral, destaca-se a inclusão da opção de quatro portas no Parati, além de manter a carroceria de duas portas como na geração anterior. Em ambas, as linhas foram suavizadas e os vincos são quase imperceptíveis, assim como as demarcações das caixas de roda.
Foto The Garage
Na carroceria de duas portas, manteve-se a solução de um único vidro desde a coluna B até a extremidade da carroceria, mas a montadora adicionou uma coluna C para reforço estrutural.
Na traseira, as lanternas verticais são ligeiramente maiores que as do Gol, e a tampa do porta-malas acomoda a placa de identificação, além de apresentar um ângulo menos pronunciado do que na primeira geração.
Foto The Garage
Mecânica
A segunda geração do Parati marcou o início da era dos motores “injetados” (com injeção eletrônica em vez de carburada) na linha Alta Performance (AP), com motores a gasolina de quatro cilindros em linha.
Inicialmente, estavam disponíveis as opções 1.6 de até 76 cv e 12,3 kgfm, 1.8 de até 91 cv e 14,3 kgfm e 2.0 de 110 cv e 17 kgfm, todos com 8 válvulas e transmissão manual de cinco marchas.
Com o tempo, a VW introduziu um motor 2.0 de 16 válvulas com foco esportivo exclusivamente para a versão GTi, capaz de entregar até 141 cv e 18,5 kgfm, além de um motor 1.0 da nova família EA111, capaz de gerar até 70 cv e 9,4 kgfm, também com 16 válvulas.
Todas as configurações mecânicas compartilham suspensão traseira por eixo de torção, mas as versões com motores 2.0 (tanto o 8v quanto o 16v da GTi) possuem freios a disco nas quatro rodas, enquanto as demais têm tambores na traseira.
Interior
O interior do Volkswagen Parati G2 passou por uma transformação completa em comparação com o modelo anterior.
A horizontalidade do cockpit antigo deu lugar a um design mais envolvente, dividindo motorista e passageiro, além de melhorar o conforto e acabamento de modo geral.
Foto The Garage
Partes anteriormente sem revestimento agora contam com coberturas em plástico ou tecido, melhorando a sensação termoacústica.
Foto The Garage
O cluster de instrumentos agora concentra todas as informações em três grupos circulares. Além disso, os comandos-satélite foram reposicionados tanto para a coluna de direção quanto para a moldura do painel (como o interruptor de luzes, por exemplo).
As portas ganharam forração em tecido no centro e, no console central, os elementos foram reorganizados, com o suporte para rádio no topo.
Tecnologia
Mesmo mantendo a proposta de ser um carro acessível, o Parati G2 recebeu algumas melhorias na oferta de equipamentos para competir com os novos rivais da época.
As versões mais básicas continuaram simples, oferecendo itens como:
- Vidros acionados por manivela;
- Retrovisores com ajuste manual;
- Direção sem assistência;
- Rodas de ferro;
- Bancos em tecido;
- Travas manuais;
- Ventilação com ar quente.
Já as versões mais equipadas ofereciam recursos como:
- Direção hidráulica;
- Rádio com toca-fitas;
- Vidros e retrovisores elétricos;
- Rodas de liga-leve;
- Faróis de neblina;
- Limpador e desembaçador traseiro;
- Suporte para armazenamento de até seis fitas.
Principais pontos fortes
Versatilidade
Além do amplo espaço interno, o Volkswagen Parati G2 é o único da história do modelo que podia ser adquirido com carrocerias de duas ou quatro portas, atendendo a diversas preferências e necessidades.
Motores 2.0
A introdução de motores de dois litros trouxe um novo vigor ao Parati e permitiu que a perua tivesse, pela primeira vez, uma versão esportiva, antes exclusiva do hatch. As versões com motor 2.0 são cobiçadas até hoje.
Interior
Embora o acabamento do Parati “bolinha” não seja excepcional, comparado ao modelo “quadrado”, ele representa uma evolução significativa. O ambiente melhorou consideravelmente com a nova geração.
Principais pontos fracos
Desempenho do motor 1.0
Perto do fim do ciclo de vida da segunda geração, a Volkswagen introduziu um motor 1.0 aspirado na linha Parati. Embora seus números fossem próximos aos do antigo 1.6 da família AP, eram inferiores, fazendo com que muitos evitassem essa motorização. Além do desempenho inferior, são mais difíceis de negociar.
Revenda
Apesar de suas qualidades, o Volkswagen Parati G2 foi o modelo que permaneceu menos tempo em comercialização e, como resultado, é o menos procurado por compradores.
Ele não possui o apelo nostálgico dos modelos quadrados que atraem entusiastas, nem os atributos das reestilizações seguintes.
Condições de uso
Encontrar um exemplar usado em boas condições é cada vez mais desafiador. Ou se encontram veículos desgastados pelo uso e falta de manutenção, ou modelos preservados em estado impecável, mas com preços elevados.
Encontrar o carro certo pode ser uma tarefa demorada, assim como vendê-lo posteriormente.
Principais concorrentes
- Chevrolet Corsa Wagon;
- Ford Escort SW;
- Fiat Elba;
- Chevrolet Ipanema.
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