O Fiat Tipo, um hatch médio da montadora italiana, marcou presença na década de 90 e foi um dos pioneiros nesse segmento no Brasil. Inicialmente, ele chegou ao país importado da Itália, em uma configuração única: duas portas e um pacote de equipamentos considerável, por um preço competitivo na época.
Mesmo após deixar de ser produzido na Europa, o Tipo continuou à venda no Brasil, com novas variantes lançadas. A produção local começou em 1996, mas foi interrompida em 1997, após problemas técnicos causarem incêndios.
Vamos explorar em detalhe as características deste hatch italiano, evidenciando seus principais aspectos positivos e negativos.
Foto: The Garage
Design
O Fiat Tipo é uma representação autêntica dos modelos da marca nos anos 90. Mesmo sem o logotipo, é fácil reconhecer sua origem. As linhas do Tipo remetem fortemente ao design do Uno, apesar de seu criador, Ercole Spada, ser também responsável por outros modelos renomados, como o Alfa Romeo 155 e os populares Tempra e Palio.
Os faróis frontais são retangulares com um único refletor bifocal, complementados por lentes de vidro e setas adjacentes. A grade de ventilação está adaptada em um acabamento plástico na cor do carro. O para-choque preto fosco tem aberturas para os faróis de neblina. Nas laterais, há um leve vinco, enquanto a parte de trás se destaca por lanternas verticais com acabamento escuro.
Foto: The Garage
Mecânica
Baseado na plataforma Type Two, utilizada também em modelos como o Alfa Romeo 145 e o Fiat Coupé, o Tipo oferecia no Brasil quatro opções de motorização a gasolina, sempre com quatro cilindros em linha:
- Motor 1.6 com 82cv e 13,3kgfm.
- Motor 1.6 com injeção eletrônica multiponto, entregue até 92cv e 13,6kgfm.
- Motor 2.0 de oito válvulas que gera até 109cv e 16kgfm.
- Motor exclusivo Sedicivalvole, 2.0 com 137cv e 18,4kgfm.
A transmissão é manual de cinco marchas, e a suspensão é independente nas quatro rodas, com diferenças nos freios entre as versões 1.6 e 2.0.
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Interior
O interior do Tipo segue um design horizontal, com todos os itens do painel organizados nesse formato. Ele possui vários mostradores analógicos no quadro de instrumentos e forração de tecido nas portas. Os encostos de cabeça variavam em termos de rigidez e estilo, dependendo da versão.
Foto: The Garage
Tecnologia
Embora básico, oferecia opcionais aos compradores:
- Teto solar
- Ar-condicionado
- Vidros e travas elétricas
- Faróis de neblina
Sem esses opcionais, o Tipo vinha equipado com:
- Vidros manuais
- Ventoinha de ar quente
- Conta-giros
- Rodas de ferro com calotas
Principais pontos fortes
Estilo: O Tipo representa bem os carros italianos dos anos 90 e é admirado até hoje.
Conforto: A suspensão independente proporciona uma condução agradável, complementada por bancos confortáveis.
Motor 2.0: Oferece melhor desempenho quando comparado aos motores 1.6.
Principais pontos fracos
Mecânica: Problemas de projeto levaram a incêndios, e, mesmo após recalls, as falhas persistiram.
Motor 1.6: Desempenho e consumo de combustível insatisfatórios, melhorados nas versões com injeção multiponto, mas ainda não ideais.
Usados: Com quase 30 anos, os veículos mais antigos necessitam de manutenções minuciosas.
Principais concorrentes
- Chevrolet Astra
- Volkswagen Golf
- Ford Escort
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