Análise e Opinião sobre o Chevrolet Astra G4 (1999 – 2011)

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Confira os detalhes do Chevrolet Astra G4, incluindo seus principais pontos positivos e negativos.

O Chevrolet Astra de quarta geração foi introduzido no mercado brasileiro no segundo semestre de 1998, pouco depois de seu lançamento na Europa. Durante seus 13 anos de comercialização no Brasil, o modelo se destacou como uma referência no segmento de hatch médio, marcando seu nome na história da Chevrolet como um dos carros mais emblemáticos da marca.

Embora seja mencionado como “quarta geração global” do Astra, no Brasil, o modelo foi lançado em 1994 e teve apenas duas gerações. No entanto, o carro surgiu entre as décadas de 70 e 80 e continua presente no mercado internacional até hoje.

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Design

Na quarta geração do Astra, a General Motors investiu em um design mais elegante e sofisticado, com o objetivo de torná-lo mais atraente do que seus concorrentes diretos e melhorar a percepção do consumidor em relação ao carro. Essa geração do Astra teve o maior número de variantes de carroceria de sua história, incluindo hatch de duas ou quatro portas, sedã, coupé, station wagon, conversível e van comercial. No entanto, no Brasil, apenas as versões hatch e sedã foram disponibilizadas. O hatch chamava a atenção por sua construção notchback, que o fazia parecer um sedã encurtado, mas mantendo a tampa traseira integrada ao vidro traseiro.

O Astra G4 possuía linhas elegantes, com faróis em formato de folha e refletores duplos, capô saliente para realçar a grade central e para-choque dianteiro na cor do carro, independentemente da versão. Na traseira, a janela lateral após a porta foi substituída por uma peça integrada à janela, ampliando a coluna C, semelhante ao Golf, um de seus principais concorrentes. As lanternas tinham formato triangular com elementos dispostos na horizontal e o para-choque também seguia a cor da carroceria.

Em 2003, o Astra passou por um facelift externo, que incluiu novos faróis com projetores para luz baixa, para-choque dianteiro mais pronunciado, novas rodas, lanternas modernas e um para-choque traseiro de design mais limpo.

Mecânica

A quarta geração do Chevrolet Astra foi construída sobre uma atualização da plataforma da terceira geração, uma das várias variantes da plataforma T. O modelo foi lançado no Brasil com motores da “Família II” da General Motors, todos naturalmente aspirados, de quatro cilindros e oito válvulas, movidos apenas a gasolina: um motor 1.8 de 110 cv e 15,8 kgfm para as versões mais acessíveis, e um motor 2.0 de 112 cv e 17,3 kgfm para as versões mais caras, ambos com transmissão manual de cinco marchas.

As versões mais caras ofereciam freios a disco nas quatro rodas, enquanto as mais acessíveis contavam com discos apenas na dianteira. Outros motores incluíam o 2.0 de 16 válvulas, com até 128 cv e 19,2 kgfm, e o 2.0 de 8 válvulas “FlexPower”, único bicombustível, produzindo até 128 cv e 19,6 kgfm com etanol. Perto do final de sua produção, o motor flex foi atualizado para gerar até 140 cv e 19,7 kgfm com etanol, sendo também o único motor a oferecer uma transmissão automática de quatro marchas, a mesma usada no Vectra e Zafira.

Interior

O design interno do Chevrolet Astra G4 sofreu mudanças mais sutis em comparação ao exterior, com foco em tornar a cabine mais tecnológica, alinhada à transição para novos tempos. A cabine do modelo MK IV adotou uma abordagem mais vertical em relação ao MK III, com elementos do console central organizados para melhorar o espaço para as pernas do motorista e passageiro da frente.

O display do rádio foi reposicionado no topo do console central e alternava informações com o novo computador de bordo, uma novidade no Astra, que também concentrava dados do odômetro total e parcial, substituindo os mostradores analógicos do MK III. O painel de instrumentos, antes dividido em três grandes segmentos, adotou um layout tradicional de quatro mostradores: dois maiores para velocímetro e conta-giros, e dois menores para nível de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento.

Tecnologia

O Astra tinha a missão de fazer a ponte entre os modelos de entrada da Chevrolet, como o Corsa e o Celta, e modelos mais sofisticados, como o Vectra e o Zafira. A versão de entrada do Astra vinha equipada com direção hidráulica, desembaçador do vidro traseiro, cintos de três pontos, freios ABS (opcional) e airbags duplos (opcional). As versões mais completas incluíam faróis de neblina, rodas de liga leve, ajuste de altura do volante, banco traseiro bipartido e conta-giros no painel de instrumentos.

Com o tempo, o modelo recebeu itens mais avançados, como computador de bordo multifuncional, teto solar elétrico, ar-condicionado digital, ajuste elétrico de altura dos faróis, sistema de som com CD Player, piloto automático, trio elétrico, entre outros.

Principais pontos fortes

Dirigibilidade

O Astra é conhecido por ser um carro extremamente agradável de dirigir. A qualidade do seu projeto, com influências da Lotus, e seu DNA europeu fazem dele um dos modelos mais prazerosos de guiar já vendidos pela Chevrolet no Brasil.

Mercado

Por muitos anos, o Astra foi um dos carros mais populares e vendidos da GM no Brasil, além de contar com uma fiel base de fãs. Mesmo fora de linha há mais de dez anos, ainda é relativamente fácil de comercializar o modelo.

Manutenção

Compartilhando componentes mecânicos com outros modelos, o Astra não sobrecarrega financeiramente na hora da manutenção preventiva, embora a manutenção corretiva possa pegar alguns desavisados de surpresa. Pode ser comparado em custos de manutenção a um carro popular, desde que respeitadas as rotinas de cuidado.

Principais pontos fracos

Consumo

O consumo de combustível do Astra G4 não é dos melhores, o que pode pesar no bolso daqueles que utilizam o carro com frequência. Não é incomum encontrar versões convertidas para GNV nas grandes cidades.

Passado

Embora a manutenção não seja cara, muitos proprietários não cuidam adequadamente do Astra, resultando em unidades desgastadas. Encontrar um exemplar em bom estado pode ser desafiador, especialmente porque muitos foram usados como táxi.

Versões de entrada

As versões mais acessíveis do Chevrolet Astra G4 eram básicas e acabavam desestimulando os compradores, que preferiam optar por configurações intermediárias ou de topo de linha. As versões de entrada não são bem aceitas em negociações e oferecem uma relação custo-benefício inferior.