Tudo sobre o Ford Fiesta G5
O Ford Fiesta G5, parte da quinta geração global do modelo, chegou ao Brasil em 2003, logo após seu lançamento na Europa. Esta versão foi um marco no país por ser a geração que mais durou por aqui.
Enquanto o modelo anterior era fabricado em São Bernardo do Campo (SP), o Fiesta G5 deu início à produção na nova fábrica da Ford em Camaçari (BA). Essa produção seguiu até que o modelo foi parcialmente substituído pela geração seguinte, embora tenham coexistido brevemente.
Design: Inovações notáveis
A transição da quarta para a quinta geração trouxe mudanças significativas no design do Fiesta. O hatch compacto passou a ser fabricado exclusivamente com quatro portas e apresentou linhas gerais completamente reformuladas.
Um detalhe que se destacou foi a inserção de uma vigia extra após a janela traseira, mas fora da região da porta. Isso adicionou uma coluna adicional ao veículo, conferindo-lhe um visual de “mini-perua” e tornando-o visualmente mais longo.
Na frente, os faróis de parábola única permaneceram, mas o para-choque recebeu três aberturas em sua parte inferior. Vista lateralmente, além do novo perfil, os para-lamas foram destacados com vincos marcantes, definindo as bordas das rodas.
Na traseira, as lanternas verticais, próximas ao vidro do porta-malas, foram uma novidade. Durante seu ciclo de vida, o Fiesta G5 recebeu leve reestilizações que redesenharam a parte frontal, incluindo novos faróis e para-choques.
Compra segura com Consulta Placa
É crucial consultar a placa antes de adquirir um Ford Fiesta G5 usado, isso porque veículos usados podem ter riscos ocultos no histórico que podem desvalorizar seu valor de mercado, além de complicar a transferência e licenciamento.
Estrutura mecânica: Mudanças importantes
Além do design, o Fiesta G5 se destacou por suas novidades mecânicas. Foi o primeiro da linha a abandonar a tradicional plataforma B para adotar a moderna Global B, na vertente B3, compartilhada com o EcoSport.
No mercado, ele foi lançado com três opções de motores e, ao longo do tempo, incorporou a tecnologia Flex para sustentar a competitividade. Inicialmente, os motores da linha Zetec Rocam incluíam um 1.0 aspirado, um 1.0 supercharged (supercompressor) e um 1.6 aspirado. Todos com quatro cilindros e movidos a gasolina.
O modelo aspirado 1.0 tinha um motor de até 66 cv de potência e torque de 8,8 kgfm, enquanto a versão supercharged oferecia até 95 cv e torque de 12,6 kgfm. Quanto ao 1.6, ele alcançava 98 cv e 14,4 kgfm, todos com transmissão manual de cinco marchas.
Interior: Ajustes e contratempos
Comparado às suas versões anteriores, o Fiesta G5 teve um avanço evidente em design e mecânica, mas sofreu um recuo perceptível no acabamento interno.
Partes que exibiam acabamento em tecido foram substituídas por peças de plástico rígido e visualmente menos atraentes. Essa alteração, junto a linhas muito retas combinadas a elementos arredondados, comprometeu a harmonia e estilo do interior.
Os elementos principais mantiveram suas posições. As saídas de ar, agora redondas, estavam localizadas no console central acima do rádio, que tinha botões de controle em seu lado direito.
O painel de instrumentos e o volante passaram por uma renovação, assim como os bancos, as portas e o console da alavanca de câmbio, que ganhou novos compartimentos.
Tecnologia: Equipamentos básicos e opcionais
Destinado a ser um modelo de entrada, o preço do Fiesta G5 foi ajustado com base nos baixos custos de produção, refletindo nos equipamentos disponíveis que, em versões mais sofisticadas, eram oferecidos como opcionais.
Em suas versões mais acessíveis, aspectos como ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos frontais e rádio eram itens não inclusos para reduzir o custo. Contudo, novas funções foram adicionadas aos pacotes mais caros com o tempo.
Itens como rodas de liga leve, faróis de neblina, sistema de som, limpador e desembaçador traseiros, direção hidráulica e banco do motorista com regulagem de altura surgiram como complementos opcionais.
Hoje imprescindíveis, airbags frontais e freios ABS eram opções caras e atraíam poucos interessados, tornando sua inclusão rara nos usados.
Desempenho e Avaliação do Fiesta G5
Confira avaliações e comparativos com seus principais concorrentes, como o Fiat Palio e o Volkswagen Polo.
Pontos Fortes
Conforto e Direção
O Fiesta, independente da geração, é lembrado pelo prazer de dirigir. Seu excelente comportamento dinâmico e uma suspensão adaptada para o solo brasileiro destacam-se entre suas características comuns.
Motor 1.6
Entre os motores 1.0, tanto aspirados quando supercomprimidos, criticados pelo desempenho modesto, o motor 1.6 sobressai, harmonizando-se bem com a nova plataforma e peso do carro.
Mercado
O bom desempenho de venda no mercado nacional garante que o Fiesta G5 seja um dos preferidos no segmento de usados, bem aceito no público em geral.
Pontos Fracos
Manutenção
Mesmo sendo considerado um carro popular, seu custo de manutenção não é o mais acessível. Os compradores devem ter atenção ao histórico de revisões do veículo.
Consumo
O consumo de combustível do Fiesta G5 é relativamente alto para um compacto. O motor 1.0, com desempenho inferior, exige mais rendimento para funcionar adequadamente, enquanto o motor 1.6, embora competente, deixa a desejar quanto à economia.
Acabamento interno
O acabamento tradicional, mais singelo e em plástico, em comparação aos modelos anteriores, trouxe consigo incômodos ruídos no interior.
Outros concorrentes do Ford Fiesta G5
- Chevrolet Corsa
- Peugeot 206
- Citroën C3
Histórico e Evolução das Versões
2003
- Street – 1.0
- Street/Action – 1.0
- Class – 1.6
- Personnalité – 1.0
- Supercharger – 1.0
- Titanium – 1.6
- Titanium Plus – 1.6 AT
- S – 1.0
- SE – 1.0 e 1.6
(Anos subsequentes, sem mudanças significativas nas versões)
Para saber mais sobre suas características e evolução, confira as imagens dos anos e modelos do Ford Fiesta G5.
