Análise, Resenha e Opinião sobre o Hyundai Tucson G1 (2006–2017)

O Hyundai Tucson G1 chegou ao Brasil em 2005, logo após seu lançamento no mercado internacional, e rapidamente se tornou um dos modelos mais bem-sucedidos da montadora em território nacional, permanecendo mais de uma década em produção praticamente inalterado.

Originalmente importado da Coreia do Sul, o SUV começou a ser produzido no Brasil, em Anápolis (GO), em 2009, dentro da linha de 2010, marcando o primeiro produto da Hyundai fabricado localmente.

Vamos explorar alguns aspectos deste modelo, analisando suas vantagens e desvantagens de forma detalhada.

Design

A primeira geração do Tucson não possui particularidades similares aos outros Hyundai da época, devido principalmente a dois fatores. Primeiramente, o Tucson foi projetado com a intenção de inserir a marca no segmento crescente de SUVs, estabelecendo-se como um produto global desde o início. Isso exigiu um design mais cuidadoso e harmonioso.

O segundo motivo é sua inspiração no desenho do Porsche Cayenne, um pioneiro SUV alemão que rapidamente se destacou no mercado de luxo.

Frontalmente, o Hyundai Tucson G1 apresenta faróis grandes com refletores únicos bifocais e acabamento em máscara cinza, acompanhado de setas laranjas ou transparentes, dependendo do ano e modelo. Além disso, possui uma grade retangular central no capô, ladeada pelos faróis, e um para-choque com pequenas entradas abaixo dos faróis de neblina.

Lateralmente, destacam-se as molduras ‘musculosas’ das rodas e as colunas finas que permitem janelas amplas, melhorando a visibilidade. A coluna traseira mais larga complementa o design robusto. Na traseira, o carro traz lanternas verticais, tampa do porta-malas com abertura independente do vidro e um para-choque volumoso.

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Antes de tomar uma decisão, consulte o histórico do veículo para evitar surpresas desagradáveis.

Mecânica

A primeira geração do Tucson está disponível com duas motorizações, embora a segunda seja menos frequente no mercado. O motor mais comum é o 2.0 aspirado de quatro cilindros da família Beta, que inicialmente só usava gasolina, gerando 142 cv e torque de 18,8 kgfm. Mais tarde, com adaptações para flex, passou a oferecer até 146 cv e 19,6 kgfm com etanol.

O segundo motor, mais raro e preferido por quem blinda o carro, é o 2.7 V6 da família Delta, também aspirado, produzindo até 175 cv e 24,6 kgfm, com a opção de tração integral seletiva para melhorar a aderência em terrenos difíceis.

Ambos, o 2.0 e o 2.7, têm transmissão automática convencional de quatro velocidades, enquanto o 2.0 também oferece uma versão manual de cinco velocidades.

Interior

O interior do Tucson de primeira geração é composto principalmente por plástico rígido, em diversas texturas e cores. Predominam tons de cinza, com detalhes em preto nas portas ou em grafite levemente metalizado no console central.

As portas possuem pequenas inserções de tecido, enquanto os bancos, dependendo da versão, podem ser revestidos em couro. O painel de instrumentos é majoritariamente analógico, destacando o velocímetro ao centro, com o conta-giros à esquerda e indicadores menores de combustível e temperatura à direita. Uma pequena tela no centro exibe o odômetro.

No console central estão botões de funções diversas, relógio analógico, e sistema de som 2DIN, além dos controles do ar-condicionado, entre outros. A iluminação verde e os apoios de braço dianteiros e traseiros complementam o interior. Os assentos traseiros podem inclinar e são sempre bipartidos.

Confira as avaliações de concorrentes diretos do Hyundai Tucson G1:

  • Renault Duster G1 – Avaliação, review e opinião
  • Ford EcoSport G2 – Avaliação, review e opinião
  • Nissan Kicks 2022 – Avaliação e teste

Tecnologia

Mesmo quando introduzido no Brasil como um SUV médio, o Tucson de primeira geração não ofereceu grande quantidade de tecnologia, apenas o necessário para sua faixa de preço.

As versões mais simples incluem:

  • Rádio AM/FM
  • Ar-condicionado
  • Faróis de neblina
  • Rodas de liga leve de 16 polegadas
  • Limpador e desembaçador traseiro
  • Trio elétrico (vidros, travas e retrovisores)

Itens básicos para esta categoria, como freios ABS, demoraram a integrar o modelo.

Versões mais equipadas adicionavam poucos recursos, incluindo:

  • Ar-condicionado digital
  • Piloto automático
  • Central multimídia
  • Câmera de ré
  • Rebatimento elétrico dos retrovisores
  • Faróis com acendimento automático

O raro modelo V6 4WD oferece teto solar elétrico e seletor de tração 4WD LOCK, que mantém tração em todas as rodas para enfrentar terrenos desafiadores.

Principais pontos fortes

Custo-benefício

Se o objetivo é ingressar no universo dos SUVs sem grandes investimentos, o Tucson se mostra uma opção interessante. Sua destacada popularidade e longa presença no mercado o tornam atrativo no segmento de usados, sendo de fácil negociação.

Conforto

Apesar de ter perdido parte do seu prestígio com o passar do tempo, o Hyundai Tucson G1, lançado como SUV médio, oferece boas características desse segmento, particularmente no aproveitamento do espaço interno, acomodando confortavelmente até quatro adultos.

Manutenção

A longevidade do Tucson no mercado nacional favoreceu o acesso à manutenção. Em geral, ele não é um carro caro para reparos (manutenção corretiva) ou manutenção regular (manutenção preventiva), exceto pelos pneus 235/60 R16.

Principais pontos fracos

Consumo

Se o consumo de combustível é uma questão essencial, o Tucson pode não ser a melhor escolha. Mesmo o desempenho do motor 2.0 com câmbio manual, embora seja um dos melhores, ainda representa um custo significativo no combustível, devido ao alto peso do carro, que ultrapassa 1.500 kg, derivado da antiga plataforma do Elantra de terceira geração. Além disso, a contemporânea transmissão automática de quatro marchas agrava o consumo.

Tecnologia

Outro ponto negativo é a escassez de recursos tecnológicos, de segurança e conforto no Tucson G1, algo considerável para os consumidores que buscam automóveis bem equipados. Este modelo carece de características elementares para sua categoria, como controles de tração e estabilidade e computador de bordo.

Motor V6

Diferente do modelo com motor 2.0, que tem boa aceitação e fácil manutenção, as versões com motor V6 enfrentam desafios no mercado de usados. Apesar de serem considerados melhores para dirigir, são mais difíceis de negociar e cuidar. Para consumidores que preferem carros mais convencionais, é recomendado evitar essa versão do Tucson, facilmente identificável pelas duas saídas de escape – enquanto o 2.0 possui apenas uma.

Outros concorrentes diretos

  • Jeep Renegade
  • Honda HR-V
  • Peugeot 2008

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