Desde a sua criação, os automóveis têm se tornado objetos de desejo, com muitos proprietários tratando-os com o mesmo carinho que dispensam aos membros mais importantes de suas famílias.
Personalização de veículos: o fascínio dos carros rebaixados
A paixão por veículos faz com que muitos motoristas busquem formas de personalizar seus carros, tornando-os únicos em estilo e design. Um dos ajustes estruturais mais populares é o rebaixamento dos carros. Porém, essa prática não é recomendada, e explicaremos os motivos neste artigo. Boa leitura!
O que significa ter um carro rebaixado?
Rebaixar um carro implica alterar o sistema de molas e amortecimento, aproximando o centro de gravidade do veículo do solo. Essa modificação, teoricamente, visa melhorar a aerodinâmica e estabilidade do veículo, similar ao desempenho de um carro esportivo.
Existem dois tipos de molas para suspensão: as fixas, mais comuns, e as móveis, que possibilitam alterar a altura do veículo. Mola móvel deve ser instalada de fábrica, não em veículos originalmente equipados com molas fixas. Com isso, muitos proprietários cortam as molas fixas para diminuir a altura do veículo, uma prática arriscada.
Legislação brasileira sobre carros rebaixados
Segundo a legislação brasileira, carros rebaixados são considerados veículos com alterações em suas características originais e devem seguir regras específicas de segurança e passar por vistorias e testes.
A Resolução 479/14 do Contran regula a alteração do sistema de suspensão, desde que dentro de certos parâmetros. Já a Resolução 292/08 especifica que as alterações são permitidas para veículos de passageiros, camionetas mistas, caminhonetes de carga, caminhonetes especiais e utilitários mistos.
O Código Brasileiro de Trânsito também destaca importantes diretrizes:
- Artigo 98: Exige autorização prévia da autoridade de trânsito e proíbe ultrapassar limites de emissão de gases ou ruídos.
- Artigo 106: Requer que alterações sejam testadas para segurança.
- Artigo 123, inciso III: Após alterações, é necessário emitir um novo Certificado de Registro de Veículo (CRV).
Riscos à segurança
Veículos rebaixados têm parachoques fora dos padrões de segurança. Em colisões, a estrutura modificada tende a deformar mais, aumentando os danos em comparação com veículos comuns. Além disso, o desgaste acelerado de peças essenciais, como amortecedores, eleva o risco de falhas e acidentes, especialmente em altas velocidades.
Desgaste prematuro
O rebaixamento intensifica o desgaste de componentes projetados para condições originais de fábrica. Amortecedores são os mais afetados, podendo sofrer quebras a velocidades altas—um risco significativo de acidentes. Longarinas e pneus também sofrem com o aumento do desgaste, afetando a durabilidade.
Desafios na revenda e no seguro
Carros rebaixados enfrentam dificuldades no mercado de revenda. Alterações reduzem o valor percebido do veículo, devido aos riscos associados ao desgaste acelerado e à modificação do projeto original. Muitos compradores sentem-se inseguros, contribuindo para a desvalorização do veículo. Além disso, encontrar seguros para veículos rebaixados pode ser desafiador, com opções limitadas e custos potencialmente mais elevados.
Agora que você compreende as desvantagens do rebaixamento, pode avaliar se vale a pena. Nossa dica: mantenha as características originais do seu veículo para futuras vendas.
Existem diversas maneiras de personalizar seu carro sem afetar sua segurança ou valor de revenda. Para saber mais sobre essas opções e acessar conteúdos relacionados ao seu veículo, acompanhe o Blog da Consulta Placa.
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